Emoção do princípio ao fim

A hipnose não é um tema novo e já ouviu-se falar muito dele. Ao mesmo tempo, sabemos que é um tema complexo, que deve ser conduzido por profissionais experientes, com toda a cautela possível. Mas muitas pessoas sequer imaginam o quanto ela pode ser perigosa. Se ficou curioso em relação a última característica, não perca tempo e leia O Hipnotista (Intrínseca).

o livro de autoria de Lars Kepler (pseudônimo do casal sueco Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril), narra a história do massacre de uma família nos arredores de Estocolmo. O acontecimento abala a polícia sueca e o detetive Joona Linna exige investigar os assassinatos. Com o criminoso foragido só há uma testemunha: o filho de 15 anos, que sobreviveu ao ataque. Quem cometeu os crimes o queria morto: ele recebeu mais de cem facadas e está em estado de choque.

Desesperado por informações, Linna só vê uma saída: hipnose. Ele convence o Dr. Erik Maria Bark (especialista em pacientes psicologicamente traumatizados) a hipnotizar o garoto, esperando descobrir o assassino através das lembranças da vítima. É o tipo de trabalho que Bark jurara nunca mais fazer: eticamente questionável e psicologicamente danoso. Quando ele quebra a promessa e hipnotiza o garoto, uma longa e aterrorizante sequência de acontecimentos tem início.

A história é impressionante e ganha contornos que deixam o leitor ávido pela próxima página. Capítulos curtos trazem informações densas, que são um verdadeiro mergulho na mente de pessoas tão instáveis, quanto interessantes.

Erik Maria Bark e Joona Lina são a prova de que autores nórdicos como Kepler, Stieg Larsson e Jo Nesbo são verdadeiros mestres da literatura policial contemporânea.